Moisés - Creed
Que ano de 2015! Star Wars - episódio VII e Creed (quase um Rocky). Só faltou um "De Volta Para o Futuro IV" e estaria completa a minha alegria ou apreensão de sequências épicas.
Creed / 2015
Creed / 2015
Direção: Ryan Coogler
Elenco: Michael B. Jordan, Sylvester Stallone, Tessa Thompson, Phylicia Rashad.
Em apenas cinco minutos de filme o diretor consegue nos explicar quem é Adonis Johnson, de onde veio e a sua relação com Apollo Creed (Apolo Doutrinador na versão dublada). Isso foi um mérito do diretor, pois não carregou o filme de sequências desnecessárias e enfadonhas.
Adonis, cansado de ter seu nome atrelado ao falecido pai, ex-campeão e lenda do boxe, resolve procurar Rocky Balboa para treiná-lo. Claro que algum zé badanha poderia perguntar: "- ei, mas isso não cola mais ainda seu nome com o passado do pai? afinal Rocky derrotou e depois tornou-se amigo de Apollo". Obviamente essa seria a pergunta mais chata possível e eu diria: Não assiste o filme pô!!!
Enfim, tomando essa decisão Adonis resolve abraçar o capeta de seu passado e tenta com isso encontrar seu próprio caminho. Assim como acontece em Rocky I, II e VI, o drama é protagonista e não a pancadaria das lutas. O boxe aqui é visto como uma paixão, uma cumplicidade que une Adonis a um Rocky saudoso, mas dessa vez melhor resolvido depois dos acontecimentos de Rocky VI. Aliás, outro mérito do diretor, que também assina parte do roteiro, ao capturar ganchos importantes do passado de Rocky.
O boxe está repleto de histórias reais de superação e desempenhos inesperados, portanto Creed não pode ser considerado um clichê. Tive até uma certa surpresa quanto ao adversário final de Adonis, pois esperava que o roteiro levasse a um embate entre ele e o cidadão que lhe chapuletou as fuças lá na primeira parte do filme, ainda em Los Angeles.
Os pequenos dramas inseridos também foram interessantes. A namorada cantora com problemas de audição, a mãe (madrasta) tensa e ao mesmo tempo feliz por ver o filho no ringue e principalmente a descoberta da doença de Rocky. E aqui eu tiro um espaço especial para comentar a atuação de Stallone. Pode até não ganhar o Oscar (acho que ganha), mas nesse filme Stallone conseguiu nos mostrar que Rocky Balboa pode morrer, diferente do que acontece no Rocky VI quando vemos um sujeito velho que ainda dá um caldo!
Em Creed, na parte final do filme, vemos um Rocky ficando debilitado e somando isso com tudo mais que o filme mostra fica quase impossível não esperar a sequência.
Eu cresci assistindo aos filmes do Balboa, fez parte do meu imaginário. Em alguns momentos era difícil separar Stallone de Rocky, como o próprio ator já comentou em entrevistas, pois é um personagem carismático e forte, aquele cara que todos torcem.
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