Renato - O Homem Irracional

A postagem de hoje foi do filme de 2015 do Woody Allen, O Homem Irracional.

Ano: 2015
Diretor: Woody Allen


Na história, Joaquin Phoenix é Abe, um genial, porém pessimista e amargurado professor de Filosofia que não vê mais vontade de viver. Com pensamentos suicidas, e alcoólatra, nem mesmo o sexo lhe parece uma atração.
Ainda assim, seus pensamentos e sua fragilidade atraem a atenção de duas mulheres na nova universidade que leciona: a aluna Jill (Emma Stone) e a professora Rita (Parker Posey).
A Jill se encanta por Abe, mesmo já com um namorado. O professor se abre para a aluna e mostra a ela toda a sua tristeza, e Jill se apaixona pela ideia de ajudar a tirar o professor dessa depressão mesmo com as negativas do professor em se envolver amorosamente com a aluna.
Apesar de não se negar a ter relações com a sua colega vivida pela Parker Posey, uma professora em uma crise no casamento mas que de imediato se interessa pela personalidade já famosa de Abe. O professor não demonstra muito interesse, e chega a brocha a primeira vez que tentam o sexo.

A despeito de ter duas interessantes mulheres, o que faz o professor encontrar um motivo para viver é o desafio de matar um juiz corrupto que lesa intencionalmente uma mulher, afastando-a dos próprios filhos.

Por Abe não ter nenhum contato na vida daquele homem, nem da mulher, a chance de ele ser um suspeito seria mínima. E a morte do homem não deixaria saudades para a sociedade.

Desde o início a assinatura do Woody Allen fica clara, com seus diálogos francos e amargurados da vida, mas com um tom cômico embutido, tornando os temas mais obscuros em algo leve.

Gostei que os diálogos sobre a filosofia explicam o que acontece no decorrer do filme, como o diálogo sobre o mundo que não se poderia mentir, mesmo em um perigo crítico e também quando diz que boa parte da filosofia é uma masturbação verbal, que explicam o final do filme.
Vi algumas críticas, falando que a história tem algumas semelhanças com outros filmes do Allen, como: um gênio amargurado do Tudo Pode Dar Certo (2009), a reação de um assassinato como O Sonho de Cassandra (2007) e até a própria Emma Stone do anterior Magia ao Luar (2014). Até vejo as semelhanças mas não acredito que seja algo ruim, só vemos um autor fiel à sua tradição, que mostra a vida real pelo seus olhos.
A atuação da Emma Stone como uma aluna questionadora chatinha é excelente e explica a sua ascensão no cinema e o Joaquim Phoenix faz uma atuação brilhante como um homem decadente.

O adjetivo que fica para esse filme é: ótimo.

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